“Tomem nota, aqueles que apreciaram as gravações em formato de trio da ECM na última década: Alfa é um digno candidato à sua coleção.”
“Eu ousaria dizer que Leandro foi confeccionado no mesmo molde de Keith Jarrett, por conta de uma tendência à paixão pela melodia, que o leva a vocalizar espontaneamente quando não consegue contê-la. Isso posto, adiciono que ele não é um imitador, algo que se torna óbvio pela riqueza das composições originais que dominam o cd. “O amor que se deu- Vassi n.2″, por exemplo, é uma abertura com tanto apetite por som, que pode-se logo dizer que este trio está indo além da sua triangulação, a ponto de alcançar continentes emocionais desconhecidos. A composição também é de primeira, e reflete uma mente vibrante por trás da música com maturidade precoce. Nada aqui é forçado, apressado ou concedido.”
by Tyran Grillo
“Há vários momentos no disco Alfa de Leandro Cabral Trio que se pode sentir um Glenn Gould ressuscitado, encarnado num pianista brasileiro chamado Leandro Cabral. O pianista é capaz de tocar as notas de modo a acariciá-las, como se seus dedos fossem penas de pássaros. Depois, sem mais nem menos, ele pode se tornar a força da natureza de uma bateria de escola de samba, mas sem nunca atacar o teclado grosseiramente.”
“Seria Leandro Cabral um pianista clássico com trajes brasileiros? Ele é na verdade ambos – um pouco como um Keith Jarrett, mas sem o muro que separa o clássico das formas brasileiras fundidas na improvisação jazzística. As linhas de fronteira entre dois (ou três) estilos de Cabral estão de tal modo turvadas que se torna quase impossível surpreendê-lo habitando somente uma metáfora.”
by Raul da Gama
“Um dos mais talentosos pianistas paulistas da nova geração, Leandro revela neste álbum sua intimidade com as linguagens do jazz e da bossa nova. Ao lado de Sidiel Vieira (baixo acústico) e Vitor Cabral (bateria), exibe composições próprias e interpreta com personalidade alguns clássicos, como “Rapaz de Bem” (Johnny Alf) e “Outra Vez” (Tom Jobim).”
“Absolutamente um exemplo delicioso do jazz brasileiro de hoje. (…) Compositor de 7 das 10 faixas, Cabral é tão hábil com a caneta musical (virtual) quanto com o piano. Suas composições são melódicas, às vezes quase Chopinianas, ao passo que seu tocar soa como Bill Evans e talvez possa soar como se Bill Evans tivesse nascido no Brasil.”
“Nessas dez composições nada é deixado ao acaso, tudo é medido e viaja em um admirável equilíbrio entre os elementos, onde também e sobretudo o silêncio tem um papel importante, criando uma espécie de espaço para viver de acordo com essa estética do vazio, tão cara à filosofia oriental.”
“Esse moderno piano trio brasileiro faz do lançamento de seu segundo álbum, pelas atividades que tem desenvolvido, quase um evento esperado. (…) Claramente trata-se de um saboroso regalo, um jazz vigoroso e divertido de um grupo que não deixa transparecer o caráter de trabalho. Bons momentos para você se deixar levar!”